Ha valaki tud portugálul, annak itt van egy cikk Nélióról, amelyben magyarországi tapasztalatairól is beszél:
Nélio
Por Alessandra Costa
Nélio está ŕ procura de um grande clube. Depois de rápida passagem pelo Botafogo de Ribeirăo Preto neste Campeonato Brasileiro, o jogador, de 30 anos, sonha com a volta ŕ vitrine de nosso futebol. Ele acredita ter condiçőes de fazer o mesmo sucesso de veteranos como Romário, Zinho, Mauro Galvăo e outros, que romperam a barreira da média idade desfilando talento pelos gramados.
Ele lamenta a atual fase do Flamengo no Brasileirăo e aponta a desuniăo como a causa principal do risco de rebaixamento. Confira a entrevista, conferida em visita ao Site:
Por que vocę deixou o Botafogo de Ribeirăo Preto durante o Campeonato Brasileiro?
Fiz um contrato de quatro meses e nem cheguei a cumpri-lo. O treinador era o Ernesto Paulo, que me levou para lá, mas só ficou 5 jogos. Ele foi demitido e eu também saí, pois năo entrei em entendimento com o clube, nem com o novo treinador. Estou sem jogar há mais de dois meses, mas venho mantenho a forma durante esse tempo em academia e no Săo Cristóvăo, onde o treinador é o Toninho Barroso, uma pessoa que conheço há muito tempo e com quem eu já trabalhei no Flamengo.
Quais os seus planos para a próxima temporada?
A minha meta é conseguir um grande clube para voltar ao cenário do futebol brasileiro. Convivi 16 anos no Flamengo e pretendo defender um time de ponta.
Como foi a sua experięncia de jogar na Hungria?
Joguei na Hungria no ano passado, durante seis meses, no Haladaz. O futebol lá é bastante disputado, năo tem a técnica do futebol brasileiro. É um futebol de força, de muita pegada. No meu time tinha mais dois brasileiros: o André, que era do CFZ, e o Alex, que já atuou no América do Rio. O Haladaz năo é um clube de ponta, é um clube médio. Mas deu para fazer um bom campeonato. Eu jogava mais na frente, como atacante.
Foi uma experięncia nova jogar na Hungria. Fui num projeto junto com o Toninho Barroso, Luis Augusto Velloso (ex-presidente do Flamengo) e o Joăo Henrique Areas (empresário do Sávio). Eles montaram uma equipe com jogadores que saíam dos juniores de alguns clubes e que năo tinham muitas chances entre os profissionais.
Fizemos amistosos no exterior, primeiro na Espanha e depois na Hungria. Foi quando surgiu a oportunidade de jogar no Haladaz. Năo tive problemas de adaptaçăo. A maior dificuldade era o idioma. Mas havia um intérprete no clube.
Eu me sai muito bem lá. Eles queriam que eu voltasse, mas como eu tinha ido sem a minha família, fiquei longe das minhas duas filhas, bateu uma saudade muito grande, e acabei voltando para o Brasil.
Vocę recebeu proposta de algum clube recentemente?
Atualmente, năo. Espero voltar a atuar. Estou com 30 anos. Tem vários jogadores com mais de 30 que estăo em ótima fase, como Romário, Bebeto, Zinho, Mazinho, Mauro Galvăo. Acho que ainda posso jogar bem num grande clube do futebol brasileiro.
Qual o principal motivo do seu afastamento da vitrine do futebol brasileiro?
Tive problemas e perdi o meu empresário, André Cardoso. Quando saí do Flamengo, decidi que năo queria mais empresário. Entăo fiquei um pouco distante. Hoje em dia a gente sabe que é preciso ter um empresário, porque eles tęm contato com os grandes clubes. Os treinadores também tęm empresário e nós sabemos que no clube daquele treinador vai acabar entrando jogadores daquele empresário.
O mercado vai se fechando para os jogadores que năo tęm empresário. Ŕs vezes o jogador é ótimo, mas năo consegue um bom clube, porque năo tem contato direto com o empresário.
Já houve rivalidade entre vocę e o seu irmăo Gilberto, que joga no Vasco?
Năo há rivalidade na família. O Gilberto é uma pessoa magnífica e fico feliz em tę-lo como irmăo. A minha família é muito grande. Somos oito irmăos: sete homens e uma mulher.
Quase todos săo jogadores de futebol. O Nilderson joga fora do País há quase 9 anos, atualmente está na Costa Rica. Tem o Nilberto, que já jogou no Fluminense na época em que o Edinho era treinador, e hoje está no Macaé, disputando a 2Ş divisăo do Campeonato Carioca. O Edmilson, que jogou no Flamengo, subiu agora para o profissional, e está emprestado ao Brasiliense. Ele é o artilheiro do Campeonato Brasileiro da 3Ş divisăo. O Rodrigo, é o mais novo, joga futebol de salăo no Flamengo.
A torcida do Vasco, pelo fato de eu ter jogado no Flamengo, pega um pouco no pé do Gilberto, por ele ser meu irmăo.
Vocę gostaria de jogar novamente no Flamengo?
Com certeza, gostaria de voltar a jogar no Flamengo. Seria um sonho. Dependeria muito mais das pessoas que hoje estăo no clube do que de mim. Sempre fui rubro-negro e gosto muito do Flamengo. Passei muito tempo lá e tudo que tenho hoje na vida agradeço ao Flamengo, pela oportunidade, pelos amigos que criei lá, como o Juan, Júlio César. Jogadores que vi crescer e que até hoje freqüentam a minha casa. Tenho um carinho muito grande pelo Flamengo.
Na sua opiniăo, a que se deve a atual fase do Flamengo?
Eu já passei fases ruins no Flamengo. Já fiquei uns oito, nove jogos sem vencer. Mas o que nunca ocorreu no período que estive lá é a desuniăo que existe hoje. Falta companheirismo. Săo jogadores talentosos, como Edílson, Petkovic, Vampeta, mas a gente năo vę aquela uniăo que um time de futebol precisa para ser vencedor.
Qual a diferença entre jogar num time grande e num clube de menor expressăo?
A grande diferença está no profissionalismo e na torcida, que é fundamental. A cobrança é muito maior num clube grande. Há uma cobrança de vitórias. Jogando num clube de menor expressăo, vocę sabe que năo tem tanta responsabilidade com a vitória.
Na Hungria vocę atuou no ataque. Quando vocę voltar a jogar, pretende ser atacante ou apoiador?
Gostaria de jogar mais avançado. Foi a posiçăo em que eu jogava nos juvenis e nos juniores.
O que vocę pensa sobre o preconceito em relaçăo aos jogadores com mais de 30 anos, que muitas vezes săo considerados ‘velhos’?
Năo concordo com isso. Na Seleçăo, independentemente da idade, os melhores devem ser convocados. O Romário, por exemplo, merece ser convocado, pelo que ele vem fazendo. O Mauro Galvăo também é um belíssimo jogador. O Zinho, no Gręmio, é um outro exemplo. Acho que estes jogadores poderiam estar na Seleçăo para ajudar o Brasil a se classificar.